sábado, 4 de junho de 2011

História de amor entre dois opostos


Maria de Fátima de Souza           
No final dos anos 80, a jovem Sophya conhece, por acaso, um rapaz galês. Apesar dos dez anos sem praticar o idioma inglês, ela decide fazer sua primeira viagem internacional, sem a ajuda de um especialista em viagens, para conhecer seu príncipe.
            Ao chegar ao País de Gales, era aterrorizante o sotaque dos nativos. Tinha a velocidade de uma metralhadora, ou seja, equivalente aos nordestinos conversando em dia de festa. Apesar da dificuldade com o idioma, a brasileira seduz até a calorosa família Jones e outros vizinhos locais.
            Philip nunca saiu do país de origem. Desde os dezoito anos que seus passeios não ultrapassam o entorno (no máximo 1 km) da residência. O jovem apaixonado tenta engravidar a namorada brasileira para obrigá-la a se mudar definitivamente para aquele país. O galês, branco como a neve, algumas vezes até sonhava que era pai de uma filha “mulatinha”, desafiando as leis da genética. Os sogros galeses também apóiam, com veemência, essa gravidez. Na segunda visita de Sophya àquele país, julgavam que seria para fixar residência no condado de Bridgend, berço da família.
            A brasileira, filha de mineiros de BH e desconfiada por natureza, achou que tinha “gato naquele balaio”. Assim, seus dois grandes amores do Brasil (sua mãe e seu amado cachorro Puppy) vencem a batalha do “coração dividido”.
            Philip, desesperado pela insegurança de Sophya e, por vingança, se casa com uma polaka. Desde então começa uma batalha “feroz” entre uma ex-futura nora e uma sogra (que compra as dores do filho) que nem falam o mesmo idioma. 
            Após oito anos, o galês ainda tenta recuperar o amor da jovem serelepe do passado que hoje vive no Brasil.

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