sábado, 4 de junho de 2011

III – Lobos


 Leandro Ramires Rodrigues

O riso risca seu rosto em fase de meia lua
A lua não revela à alma ao Viajante que continua...
Dentro de ti há um sangue ausente e um veneno crescente
Dentro de mim há um espelho que me viaja a lugar nenhum,
Minúsculo grão
E os dentes que deforma a boca e se alimenta d’alma...
Da janela meus olhos alcançam o Viajante em fantasia de soldado
A terra lhe dorme o sono de rios contidos em soltos copos

                                       
Um cão sem dentes é a boca do homem em manta de universo
Ainda não sei a resposta que o Viajante dará a vida,
A vida me faz uma resposta em fantasia de terno e gravata
A vida para alguns é uma voz e para tantos um ouvido
Fecho a janela e percebo que nem a casa havia
O espaço aberto é minha cama ou outro momento da cabeça
O cão sou eu que estendo a mão para o Viajante,
Antes que a noite floresça em sol e o horizonte cresça


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