Chego ao morro com o peso do corpo e morro,
Do outro lado o espaço se rasca ao som do samba
Essa festa é a roupa que lhe empresta a morte
Viro fantasma e atravesso a parede
O Viajante está no meio de proibidas fumaças vivas
Na sala, os pais contam a Miséria e espera o Viajante
Viagem de todo dia na cidade alma, concreto de ilusão
Volto para meu quarto: - onde eles estão?
O convite me apertou a mão além da parede
Alegria da noite molda a figura de tristeza na manhã
E o grito me rompendo a mente como sol apaga o abismo
O Viajante reduzido de amores é resíduo de família
Antes o eu nele existia como um sorriso sem verniz
E o tempo dos pais está lhe rascando o bolso carne,
Rosto de uma arquitetura sem memória destrói o Viajante
No trabalho, o bom dia lhe revela o afago da desgraça
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